Reunião Moka e Pedro Chaves - ACICG.

Pedro Chaves e Moka participam de reunião e pedem apoio à reforma trabalhista

Empresários farão nova mobilização em Brasília na terça (06) para acompanhar a votação

Com o intuito de esclarecer dúvidas dos empresários e pedir o apoio da classe à reforma trabalhista, os senadores Pedro Chaves dos Santos e Waldemir Moka participaram da reunião de diretoria da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), na noite de ontem (02). Na visão da ACICG, entidade que representa mais de 6 mil empresas da Capital, a reforma trabalhista é necessária para regularizar algumas situações que já existem nas relações de trabalho, trazendo segurança jurídica e flexibilização para as categorias patronal e laboral.

“Nós queremos que as reformas aconteçam. Então é importante estarmos juntos ouvirmos os senadores que representam nosso estado até mesmo para nos instruímos melhor e repassar as informações adiante. Precisamos mostrar que o país não é somente essa crise toda que estamos vivendo, e mostrar nossas reivindicações e ouvir o lado dos nossos representantes é parte desse processo”, disse o presidente da ACICG, João Carlos Polidoro. Outras entidades representativas também foram convidadas. Estiveram presentes representantes da Amas, Setlog, Corecon, Asmad e Sinpetro.

Para o senador Pedro Chaves, a aprovação da reforma trabalhista vai ser um ganho para a economia e para a relação entre trabalho e capital. Já o senador Waldemir Moka admitiu que a sociedade tem divergências com relação às reformas trabalhista e da Previdência e isso é um direito do povo, mas destacou que essa é uma questão que deve ser resolvida democraticamente, por meio do voto dos parlamentares no Congresso Nacional. Na próxima terça-feira (02), empresários devem ir novamente em comitiva a Brasília, para acompanhar a votação da reforma.

A reforma – A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) pode votar na terça-feira (6), a partir das 10h, a proposta de reforma trabalhista do governo federal (PLC 38/2017). O relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) é favorável à aprovação da matéria, sem fazer alterações no texto recebido da Câmara dos deputados, mas recomenda seis vetos ao presidente Michel Temer.

Senadores de oposição apresentaram três votos em separado (relatórios alternativos) defendendo a rejeição completa da proposta. Um deles é assinado por cinco representantes do PT na comissão: Fátima Bezerra (RN), Gleisi Hoffmann (PR), Lindbergh Farias (RJ), Paulo Paim (RS) e Regina Sousa (PI). Os outros foram apresentados individualmente pelas senadoras Lídice da Mata (PSB-BA) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

O presidente da CAE, Tasso Jereissati (PSDB-CE), deve conceder a palavra, no início da reunião, para que os senadores oposicionistas leiam seus votos em separado. Com isso, a reunião pode se prolongar, pois os votos são acompanhados de justificações extensas para concluir pela rejeição integral da proposta.

Depois da votação na CAE, a reforma trabalhista passará por outras duas comissões antes de chegar ao Plenário do Senado: Assuntos Sociais (CAS) e Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A ordem de apreciação nessas duas comissões foi invertida a partir de um requerimento aprovado na última quarta-feira (31), de modo que a CCJ será o último colegiado a dar parecer sobre a proposta antes da análise em Plenário.

Acordo – A base do governo e a oposição firmaram um acordo na semana passada para garantir a discussão da reforma trabalhista na CAE antes da votação. Ricardo Ferraço leu o seu relatório na última terça-feira (30) e os membros da comissão puderam fazer comentários. A sessão foi reservada apenas para o debate, deixando a votação para a semana seguinte.

Mesmo com o acordo, a oposição ainda questiona o andamento da proposta. A senadora Vanessa Grazziotin cobra o envio do projeto para a Mesa do Senado a fim de que seja analisado o seu requerimento de anexação de outras propostas que tratam de mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O pedido foi rejeitado pela CAE, mas ela informou que vai recorrer da decisão ao Plenário.

A passagem da reforma pela comissão tem sido polêmica. A leitura do relatório foi impedida pelos oposicionistas na primeira vez que ele entrou em pauta, numa reunião tumultuada. Depois disso, o presidente Tasso Jereissati deu o texto como lido e determinou o prosseguimento da tramitação, mas a decisão foi revertida com o acordo feito com a oposição.

Vetos – O relator Ricardo Ferraço rejeitou as mais de 200 emendas apresentadas ao projeto e não fez mudanças no texto recebido da Câmara dos Deputados, para garantir que a matéria não retorne àquela Casa. No entanto, Ferraço recomendou que seis pontos do texto sejam vetados pelo presidente da República, Michel Temer.

O relator avaliou que são temas polêmicos e que merecem mais estudos e debates. Caso sejam vetados, eles poderão ser novamente apreciados pelo Parlamento, sugeriu Ferraço, por meio de projetos de lei específicos ou de medidas provisórias editadas pelo Poder Executivo.

Conheça aqui os pontos indicados para veto.

Com informações da Agência Senado

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