Pesquisa da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande coletou informações sobre o desempenho de 2022 e perspectivas para 2023
Quase 58% dos empresários em Campo Grande preveem o crescimento de suas empresas em 2023, segundo a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG). Mesmo sendo a maioria, o dado revela que esse ano o percentual de empreendedores que esperam um cenário promissor é menor quando comparado com o levantamento de 2022, quando mais de 77% demonstraram otimismo.
O levantamento ainda sinalizou que 31% dos empresários acreditam que haverá estagnação e quase 11% esperam por queda no volume de negócios em sua empresa. As informações foram extraídas da pesquisa Desempenho 2022 e Perspectivas para 2023 que a entidade realizou com mais de 100 empresas, entre os dias 8 e 20 de janeiro, em Campo Grande.
A ACICG também questionou se os empresários esperam ampliar o quadro de colaboradores em 2023. A maioria, quase 70%, indicou que não aumentará a equipe. Dentro do grupo 30% dos respondentes que pretendem ampliar o time de funcionários, pouco mais de 20% disseram que contratarão até 3 colaboradores.
Além do próprio negócio, os empresários foram indagados sobre a perspectiva da economia brasileira. 45%, o maior percentual da pesquisa, sinalizou que espera que a economia esteja melhor em 2023. Para cerca de 30%, a expectativa é de piora do cenário e 25% acreditam que o panorama será igual a 2022.
Com relação aos impactos do cenário econômico em 2023, os empresários destacaram a política tributária do país, a alta dos juros e o aumento de gastos com a máquina pública (estadual e federal) como os principais fatores que devem influenciar negativamente.
“Os empresários também pontuaram que a economia pode ser impactada pelo aumento da corrupção, recessão econômica internacional e restrição da liberdade”, revela o presidente da Associação Comercial, Renato Paniago.
Desempenho em 2022
A pesquisa ainda perguntou aos empresários como foi o desempenho de seus negócios no ano passado. A maioria, representada por cerca de 40%, respondeu que se manteve igual a 2021.
Já 33% sinalizaram que houve crescimento. O maior percentual desse grupo, cerca de 47%, indicou que o desempenho de sua empresa foi de até 5% maior em 2022. 37% responderam que seus negócios cresceram até 10%; e 16% sinalizaram alta de 20% dos resultados.
O levantamento também constatou que 27% dos empresários tiveram desempenho menor em 2022, quando comparado a 2021. Quase 40% desse grupo respondeu que a queda foi superior a 20%.
Participaram do levantamento empresas dos setores alimentício, vestuário, acessórios, serviços, moveleiro, de comércio de eletrônicos, entre outros.