A Associação Comercial e Industrial de Campo Grande manifesta indignação e repúdio diante da continuidade da greve do transporte coletivo, que já impõe prejuízos significativos ao comércio local. O setor empresarial e a população não podem continuar sendo penalizados por um conflito do qual não fazem parte, especialmente em um dos períodos mais importantes do ano para a economia da cidade.
Desde o início da paralisação, empresários têm relatado ausência significativa de trabalhadores, atrasos na abertura das lojas, queda nas vendas, dificuldades na entrega de mercadorias e aumento expressivo dos custos operacionais. Cabe ressaltar que o empresário já cumpre, por força de lei, o custeio do vale-transporte e, ainda assim, diante da greve, está sendo novamente penalizado ao arcar com despesas adicionais para manter o funcionamento das empresas, como transporte alternativo, reorganização de escalas e flexibilização de horários — soluções paliativas que não podem ser tratadas como permanentes.
É importante deixar claro que quem está pagando a conta dessa paralisação é o comércio, o setor de serviços e a indústria, responsáveis pela geração de milhares de empregos, renda e arrecadação para Campo Grande e para o Estado. Micro, pequenas e médias empresas, em especial, estão sendo severamente prejudicadas financeiramente em um dos períodos mais decisivos do ano para seus negócios.
A ACICG considera inaceitável que a cidade permaneça refém desse conflito. Diante desse cenário, a entidade cobra uma atuação firme e objetiva dos órgãos responsáveis pela gestão e fiscalização do transporte coletivo: Consórcio Guaicurus, Prefeitura e Câmara Municipal.
A entidade intensificará sua mobilização institucional, ampliará o diálogo com outras entidades representativas do setor empresarial e não descarta a adoção de instrumentos legais cabíveis para defender os interesses do comércio e da economia local.
O comércio de Campo Grande já fez sua parte ao buscar minimizar prejuízos e preservar empregos. É inaceitável exigir que o setor empresarial continue absorvendo perdas enquanto o conflito se arrasta. A cidade precisa de transporte, previsibilidade e respeito a quem mantém a economia girando.
A normalização imediata do transporte coletivo é urgente — não apenas para o comércio, mas para trabalhadores, consumidores e para o funcionamento da cidade como um todo, especialmente às vésperas do Natal.




