Inadimplência - ACICG.

Movimento do Comércio Varejista apresentou em agosto o melhor índice do ano

Economista da ACICG diz que o comércio já apresenta tendência de melhora e que o Dia das Crianças deve superar o de 2015

A Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) apurou por meio de seu Boletim Econômico que, no mês agosto, o índice do Movimento do Comércio Varejista (MCV) foi de 100 pontos, 8 acima do resultado verificado no mês de julho, e somente 1 ponto abaixo do mesmo período em 2015, quando registrou 101 pontos. “Esse é o maior índice atingido pelo comércio neste ano. Não é a variação de 8 pontos que faz o indicador ser importante, mas o fato de que agosto é tradicionalmente menos ativo do que julho, período de férias escolares. Desde 2012 não se verificava essa tendência de crescimento em agosto”, explica o economista da ACICG, Normann Kallmus.

O MCV/ACICG é um índice apurado a partir da evolução dos dados do setor, englobando as transações realizadas entre empresas e também entre consumidores e o comércio. Considerando a sazonalidade característica da atividade comercial, o MCV foi desenvolvido com base fixa definida pela média do desempenho do ano de 2014. O Índice é composto de dois outros sub índices que ajudam a avaliar sua evolução: o MCV-PF, que analisa as transações entre Pessoas Físicas e as empresas do setor terciário, e o MCV-PJ, que avalia as transações entre as empresas.

Conforme o levantamento, o MCV-PF de agosto foi de 102 pontos, 7 acima do registrado em julho (95), e apenas 1 ponto abaixo do mesmo período em 2015 e 2014. “Na comparação com os anos anteriores, portanto, estamos praticamente estáveis”, ressalta Kallmus.

Diferente do mês de julho, o MCV-PJ de agosto apresentou expansão e atingiu 97 pontos, contra os 75 do mês anterior. O mesmo indicador em agosto dos anos anteriores foi de 87 em 2015, e 108 em 2014. “Percebe-se claramente que o comportamento do MCV-PJ, que vinha persistindo em níveis mais baixos, reagiu e começou a se recuperar ainda mais do que o MCV-PF. A retomada que normalmente se verifica em julho em função da volta às aulas, este ano foi postergada”, analisa o economista.

Kallmus lembra que os movimentos do governo federal nas próximas semanas serão essenciais para a determinação da perspectiva de vendas para o fim do ano, “mas tudo indica que em outubro teremos a demonstração do grau mais alto de confiança dos agentes, o que deverá se refletir em um dia das crianças mais animador do que em 2015”.

A queda da inflação em agosto, que atingiu 0,2% em comparação com julho, quando registrou 0,34%, se deve essencialmente à redução dos índices de reajuste dos alimentos, (de 0,66% para 0,39%) e vestuário (de 0,2% para -0,13%), e fez com que o acumulado em 12 meses atingisse 9,29%. “Sem dúvida muito acima da meta, mas demonstrando a possibilidade concreta de convergência em 2017. O que se verifica a partir do último comunicado do Banco Central (BACEN) é que as taxas de juros deverão se manter inalteradas por mais tempo do que inicialmente se esperava, por razões internas (persistência da inflação) e externas (provável queda nos juros básicos dos Estados Unidos até o fim do ano). Estão dadas, portanto, as condições para que o país receba parcela significativa do excesso de liquidez do mercado internacional”, finaliza o economista da ACICG, Normann Kallmus.

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