Grupo de trabalho será formado para produzir um plano da cidade que queremos para o futuro
A nova fase do Pacto Juntos por Campo Grande será marcada pela elaboração de um plano estratégico de desenvolvimento sustentável produzido conjuntamente pela gestão pública municipal e representantes da sociedade organizada. A decisão resulta da reunião entre a coordenação do Pacto – que representa mais de 200 entidades civis – e o prefeito Marquinhos Trad, realizada no último dia 17, na Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG). Lançado em maio de 2016, o Pacto Juntos por Campo Grande é um movimento político-social suprapartidário com a finalidade de provocar reflexões, tomadas de consciência e promover ações capazes de ajudar a cidade a se tornar mais democrática, inteligente, inclusiva e sustentável.
O presidente da ACICG, João Carlos Polidoro, falou sobre uma das principais expectativas com esta etapa. “Ela contemplará reuniões de planejamento, discutindo o futuro que queremos para Campo Grande até 2040. Precisamos tratar a nossa cidade com muita cautela e saber quais são as necessidades primordiais para que sejam cumpridas. Este Pacto serve para isso”, explicou.
A partir de encontros entre representantes de vários segmentos, ao longo do ano passado, foi produzida a carta do Pacto Juntos por Campo Grande que solicita governança baseada na relação transparente entre os poderes municipais, e entre eles e a sociedade, visando de fato uma gestão compartilhada. O documento requer que a profissionalização das equipes de governo e a inovação do modo de governar, bem como as ferramentas de gestão, sejam priorizadas. Polidoro lembrou, que o prefeito assinou a carta de compromisso com o movimento, junto aos demais candidatos à prefeitura, em setembro do ano passado.
Pensar globalmente e agir localmente foi um exercício proposto pelo diretor do Conselho Político e Social (COPS) da ACICG, Frederico Valente, durante a reunião. Baseado em diretrizes da Organização das Nações Unidas, ele apresentou que o desenvolvimento local deve “superar a ideia de que basta o crescimento econômico para resolver os problemas sociais e ir além do atual modelo de Estado: centralizado, hierarquizado e departamentalizado. Incorporar todos os atores sociais, gerar benefícios sociais concretos para a população é essencial”.
E como começar a fazer isso? Segundo Fausto Mato Grosso, também diretor do COPS, é preciso criar um plano estratégico de longo prazo, um conjunto consistente de grandes prioridades e que contempla vários temas. “Precisamos acabar com essa história de plano de governo e estabelecer um plano de estado. É pensar Campo Grande num cenário mundial, nacional e regional, levando em consideração dimensões ambientais, econômicas, energéticas, espaciais, socioculturais, tecnológicas, políticas e de infraestrutura. Cada ação presente terá em vista o futuro que sociedade imagina para nossa cidade”, esclareceu. Entre as etapas da nova fase de planejamento, que deve durar pelo menos um ano, está a organização de um grupo de trabalho com representantes de órgãos da prefeitura e membros de entidades integrantes do Pacto para atuar com pesquisas e estudos técnicos, estabelecer consultas à sociedade e outras ações para se criar um cenário de referência que vai ambientar a tomada de decisões dos projetos estruturantes para o futuro.
Após a apresentação, Marquinhos Trad disse que a prefeitura está de portas abertas desde o meu primeiro dia de governo. “Fico satisfeito em participar desta reunião, na qual juntos discutimos o futuro e o planejamento urbano, político e econômico da Capital. Ainda bem que os senhores estão preocupados com o desenvolvimento de nossa cidade. Por meio da ACICG, vamos saber quais são a prioridades e o que a população mais precisa”, frisou o prefeito.
Além de representantes da Associação Comercial, participaram do encontro o reitor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Marcelo Turine; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MS), Mansour Elias Karmouche; o vice-presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso do Sul (Cau/MS), Eymard Ferreira; o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul (Setlog/MS), Claudio Antonio Cavol; o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro/MS), Edemir Jardim; e o presidente do Conselho Regional de Economia de Mato Grosso do Sul (Corecon/MS), Thales de Souza Campos;
Pacto Juntos por Campo Grande – Desde o seu lançamento no dia 19 de maio de 2016, com a palestra do Senador Tasso Jereissati – propulsor do Pacto pelo Ceará, o movimento realizou reuniões na Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso do Sul (CAU-MS) e Associação dos Notários e Registradores (Anoreg-MS), a fim de discutir informações sobre o município que servirão de base para a formulação das diretrizes que nortearão o desenvolvimento da Capital. No mês de julho do mesmo ano, o prefeito de Vitória, Luciano Rezende, veio a Campo Grande para contar sua experiência sobre o modelo de administração horizontal que conduz à frente de seu município. Em setembro, candidatos à prefeitura de Campo Grande assinaram uma carta, comprometendo-se a contribuir com o movimento, caso fossem eleitos.
Foto: Comunicação Prefeitura de Campo Grande