Ambiente de trabalho - ACICG.

Entenda como criar um ambiente de trabalho mais engajador

Cada vez mais presente no vocabulário dos gestores, o termo engajar não fica de fora quando os assuntos são trabalho em equipe e resultados. Em contextos econômicos negativos, envolver os colaboradores a serviço de uma causa é prioridade para a sustentabilidade do negócio. Para o empregador, o desafio é maior, pois não se trata apenas de um discurso de líder, mas, sim, de alinhamento entre os setores e de ações práticas. A coach e psicóloga organizacional, Giuliana Elisa dos Santos, explica que engajamento no universo empresarial corresponde “ao comprometimento das partes, uma relação de mão dupla entre o colaborador e a empresa em nome de um propósito”. E como fazer com que todos vistam a mesma camisa? Primeiro, cabe ao empresário, ou gestor, estabelecer uma ligação dos valores e objetivos da empresa com os dos colaboradores. “É importante que o plano de gestão de pessoas tenha um vínculo com o projeto de vida dos funcionários”, diz Giuliana. Conhecer cada membro da equipe, entender o perfil e seus anseios é fundamental para traçar estratégias para o andamento do negócio. “É preciso uma comunicação clara, para que os colaboradores assimilem os valores e missão da organização”, complementa. Outro exercício é repensar se o ambiente de trabalho é engajador. Segundo a profissional, três fatores são importantes nesse cenário: Autonomia – Corresponde a traçar as metas dos colaboradores, mas deixá-los eleger a direção e os caminhos para se chegar aos resultados. Domínio – Trata-se de dar o controle para que as pessoas desempenhem suas tarefas melhorando cada vez mais. Propósito – É preciso que a equipe compreenda que está realizando um trabalho importante e com significado para outro público, além de si mesma. Como exemplo, Giuliana cita o varejo. “No comércio não é só venda, um simples repasse de produto. Se a filosofia da empresa é de colaboração com projetos de vida, sonhos e bem-estar e ela deixa isso claro para o cliente e colaborador, o funcionário sente que seu trabalho tem mais valor”, explica. Nesse panorama, o salário não é o principal requisito que mantém a equipe motivada. “As novas gerações não buscam apenas remuneração. Elas querem ser ouvidas, respeitadas e sentir que podem contribuir com a empresa e a sociedade”, completa a psicóloga. Por isso, é importante que o empregador conheça as responsabilidades e competências dos colaboradores e promova o feedback constante, orientando e apoiando pela melhoria. “O ser humano gosta de ser visto”, afirma. Estabelecer um plano de cargos e salários conforme as metas de cada um, investir na capacitação e reciclagem da equipe para mantê-la alinhada aos conceitos da empresa, promover uma pesquisa de clima e satisfação dos funcionários são outras medidas que auxiliam para tornar o ambiente mais engajador. “E quando isso é conquistado, os benefícios para a empresa são diversos, o clima da organização e o desempenho dos funcionários melhoram e a sustentabilidade nos resultados é conquistada”, esclarece Giuliana. Sua equipe é engajada? Algumas características definem se o colaborador está engajado, ou não, com a empresa. Pessoas negativas com relação ao futuro, que não se arriscam em novas atitudes e são resistentes a mudanças representam um alerta vermelho. Segundo Giuliana, o engajado demonstra as seguintes qualidades durante a rotina de trabalho: “Em resumo, trata- -se daquele colaborador entusiasmado, de bem com a vida, que luta por suas conquistas pessoais, bem como pelas da empresa da qual faz parte”, afirma a psicóloga organizacional. 

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