Atenta ao cenário econômico de Campo Grande, a Associação Comercial e Industrial (ACICG), se posiciona a favor do movimento nacional pela redução no número de vereadores, que vem sendo discutido em várias cidades do país, a fim de reduzir os gastos públicos. Na Câmara de Vereadores da Capital, o debate sobre a redução entrou na pauta de discussões no início de maio, e se for aprovada e publicada até setembro, ela passa a ser válida para as próximas eleições municipais que acontecem em 2016.
Primeiro secretário da ACICG, Roberto Oshiro, explica como a falta de corte das despesas públicas influencia a vida dos consumidores e empresários. “Quando o setor público não diminui suas despesas e aumenta os impostos, o consumidor é diretamente atingido, pois seus gastos aumentam, reduzindo seu poder de compra, e quando o consumidor não compra, para de injetar dinheiro no comércio criando um efeito dominó para a economia”.
O presidente da ACICG, João Carlos Polidoro acredita que 15 vereadores sejam suficientes para representar as regiões de Campo Grande. “Nós propomos um grupo de trabalho, inclusive com outras entidades que tem o mesmo interesse que nós, para mostrar a todos que não haverá perda nenhuma com a redução no Legislativo. A democracia não será ofendida e a representação também não será comprometida”, afirma Polidoro.
Diante das discussões no Legislativo, a redução de seis das 29 vagas já é estudada, mas assim como Polidoro, Oshiro acredita que esse número pode ser ainda menor. “O setor empresarial como comércio, indústria, serviços e os cidadãos comuns como a dona de casa não estão medindo esforços para economizar. O Legislativo, a quem cabe dar o exemplo, também precisa reduzir seus gastos. A Câmara está inchada e pode contribuir”, argumenta o diretor.
A ACICG vai estudar o impacto que a redução no número de vereadores trará ao orçamento do município. “Nós estamos aguardando as informações que pedimos à Câmara de Vereadores para realizar o estudo de impacto. Por isso ainda não divulgamos esses dados”, informa Roberto Oshiro.
A Associação Comercial de Campo Grande acompanha de perto as discussões políticas que atingem diretamente os empresários e consequentemente os consumidores. A entidade tem articulado junto aos Deputados e Senadores que representam Mato Grosso do Sul, a não aprovação do projeto de lei que modifica as regras da desoneração da folha de pagamentos. “O PL 863/15, na verdade, provocará oneração da folha de pagamentos dos funcionários num momento de recessão econômica agravando ainda mais a crise financeira e a redução dos postos de trabalho. Empresas que hoje pagam alíquota de 1% de contribuição previdenciária sobre a receita bruta ao INSS passarão a pagar 2,5% e aquelas que pagam 2% passarão a contribuir com 4,5%. A Associação Comercial e Industrial de Campo Grande luta não apenas pelos direitos dos empresários, mas por todos os cidadãos deste Estado e ao vislumbrar um peso desnecessário que pode vir a recair sobre os ombros de nossa população, tem trabalhado incansavelmente junto aos nossos congressistas (deputados federais e senadores) manifestando contrariedade à aprovação de qualquer medida que implique em aumento de impostos, desemprego e recessão econômica”, finaliza Oshiro.
Responsável pelo movimento #JUNTOSFAREMOS, a ACICG defende a gestão pública eficaz como um dos pilares da campanha. “Em todo tipo de administraçãoa eficiência de tempo e recursos são fundamentais para otimizar os resultados. Na Gestão Pública não deve ser diferente. Nossos representantes devem apresentar estratégias para beneficiar o desenvolvimento social, não para se reeleger. Defendemos a reestruturação do modelo de gestão de forma que o cidadão encontre serviço público de qualidade e a boa aplicação dos seus recursos”, expõe o presidente da ACICG, João Carlos Polidoro.A entidade defende a gestão mais participativa, a avaliação de desempenho e de resultados dos órgãos públicos, a adequação de cargos e salários públicos alinhados à função, com meritocracia; a prestação de contas mais transparente e atual; a modernização da gestão pública como combate à burocracia atrasadora e a administração por objetivos.