Preocupada com os impactos que as obras do projeto de revitalização da região central vêm causando aos empresários da Capital, a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) reuniu comerciantes e lideranças do poder público para discutir medidas para minimizar os prejuízos ao comércio no último dia 26 de abril.
Mais de 10 empresários, entre eles o presidente do Conselho Regional do Centro, João Eulógio Barbosa de Matos, puderam apresentar problemas recorrentes com o processo de obras que vem gerando transtornos, como a dificuldade de acesso aos estabelecimentos que está afastando os consumidores, reduzindo vendas e, consequentemente, o faturamento das empresas locais.
“A ACICG é pautada pelo diálogo, por isso, trazemos as reivindicações e dificuldades dos empresários do centro para buscar uma solução com as autoridades envolvidas no projeto do Reviva Centro. Depois da crise da pandemia, não podemos deixar que os impactos das obras gerem mais prejuízo e fechem o comércio que tanto lutou nesse período. Somos a favor da revitalização, mas é preciso encontrar uma forma de reduzir os efeitos negativos”, explicou o presidente da entidade, Renato Paniago.
Além de diretores da Associação Comercial e comerciantes, encontro contou com os secretários municipais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) e da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Luís Eduardo Costa e Rudi Fiorese, respectivamente, a Subsecretária de Gestão e Projetos Estratégicos, Catiana Sabadin e o diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Janine de Lima Bruno.
Durante a reunião, os empresários expuseram diversas reclamações, como morosidade na conclusão da obra em determinados trechos, falta de planejamento e de organização entre equipes de diferentes etapas de execução, a não estruturação de um cronograma alinhado com os comerciantes, a ausência de comunicação com empresários, a colocação de entraves de acesso às lojas e vagas de carga e descarga, e a má qualidade do serviço de alguns pontos que foram revitalizados.
Parte do grupo também expôs preocupações e a insatisfação com a mudança da estação de embarque e desembarque de ônibus na Rua Rui Barbosa. O projeto original previa que a instalação seria entre as quadras Afonso Pena e Barão do Rio Branco, porém, houve remanejamento para o trecho entre as vias 15 de Novembro e 7 de setembro. Os empresários pontuaram os riscos e efeitos negativos dessa alteração e a ACICG deve atuar para reverter o fato.
“Vamos nos reunir também com a prefeita para levar as queixas e os impactos que estão ocorrendo. Empresários do Centro podem trazer suas necessidades e reivindicações sobre o assunto à ACICG”, informou o presidente da entidade Renato Paniago.