Imposto sobre presentes favoritos pode chegar a 78,99%
Levantamento produzido pelo Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) revela que 84% dos entrevistados pretendem presentear no Dia dos Namorados, e o principal local para as compras será o Centro de Campo Grande. Com a nova liberação de saques de contas inativas do FGTS a partir deste sábado (10), o movimento no comércio deve ser intenso, porém, muitos namorados sentirão o amargor dos impostos, que podem chegar a 78,99% sobre alguns dos produtos mais cobiçados na data festiva.
A pesquisa de intenção de compra foi produzida entre os dias 19 e 24 de maio, com entrevistas de 492 pessoas, em sete regiões da Capital: Segredo, Prosa, Lagoa, Imbirussu, Anhanduizinho, Bandeira e Centro.
A maioria dos entrevistados (30%) está disposta a investir de R$ 51,00 a R$ 100,00, e 22% vai gastar de R$ 101,00 a R$ 150,00. Se a análise incluir todas as faixas de valores até R$ 150,00, 65% dos entrevistados têm disponibilidade de gastar até esse valor para comprar o seu presente. Quase 70% desses entrevistados afirmaram que comprarão à vista.
João Carlos Polidoro, presidente da ACICG, diz que os empresários aguardam movimento intenso para este fim de semana. “O Dia dos Namorados é uma das datas mais quentes para o comércio, e a liberação de quase R$141 milhões do saque do FGTS para o estado no sábado, certamente vai contribuir com aumento do movimento nas lojas”, acredita.
As lojas do Centro foram apontadas pelos consumidores como melhores locais para comprar os presentes, com 35% da escolha dos entrevistados, porém 19% ainda estão indecisos e não sabem onde farão suas compras.
Entre as opções favoritas de presentes citados na pesquisa estão perfumes (18%), roupas (16%) e flores (12%). “Apesar do romantismo que envolve a simbologia desses presentes, o consumidor pode ter uma amarga surpresa ao se deparar com a incidência de impostos sobre seus presentes. Por exemplo, 78,99% do valor de um perfume importado é imposto; 34,67% sobre o valor de uma roupa, é imposto; e sobre o preço das flores, 17,41% são impostos”, informa Polidoro.
Outros produtos citados como sapatos, bolsas e acessórios, também possuem alta carga tributária incidindo sobre seus preços. Confira a lista:
Presente | Imposto |
Perfume importado | 78,99% |
Perfume nacional | 69,13% |
Roupas | 34,67% |
Flores | 17,41% |
Sapatos / Calçados | 36,17% |
Bolsas | 39,95% |
Bijuterias | 43,36% |
Cosméticos | 55,27% |
Celular | 39,80% |
Relógio | 53,14% |
Livros | 15,52% |
Joias | 50,44% |
Chocolate | 39,61% |
Pacote viagem | 29,56% |
Fonte: IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação
Impacto dos impostos – O impostômetro instalado na fachada da ACICG informa que de janeiro até o dia 08 de junho, os brasileiros já pagaram mais de R$956 bilhões de tributos ao Governo Federal. Os sul-mato-grossenses já pagaram quase R$9,5 bilhões em impostos, e os cidadãos de Campo Grande, quase R$4,5 milhões. “Diante da quantidade de impostos que o consumidor paga é possível imaginar o quão alta é também a carga tributária paga pelos empresários, que além de ser tributado nos produtos que oferece, precisa arcar também com os impostos da folha de pagamento de pessoal, do prédio de sua loja, das operações do dia a dia, e infelizmente quem também recebe essa conta, é o cliente. A população precisa continuar atenta à quantidade impostos que paga e cobrar o retorno disso ao poder público”, finaliza o presidente da ACICG, João Carlos Polidoro.