Por João Carlos PolidoroPresidente da ACICG É em tempos de crise que somos criativos e inovadores. Mas, a que estamos inseridos está sendo mais desafiadora, pois, além da instabilidade econômica, vivemos uma crise política e ética. Mas o copo está meio cheio, pois, estamos vivenciando algo inimaginável até poucos anos atrás. Grandes empresários e políticos – na verdade, bandidos travestidos, intocáveis até então – estão atrás das grades. As instituições que defendem a sociedade estão agindo, porém, o sistema é forte e persiste em proteger os maus cidadãos, exigindo de quem os enfrenta mais energia e persistência.
As bandeiras as quais defendo, como o fim da corrupção, fim da impunidade, gestão pública eficaz, mais segurança, menos impostos e uma nova política, começam a dar sinais de inclusão nas pautas dos que querem mudanças, porém, tudo com efeito em longo prazo. Não vamos mudar 500 anos do dia para a noite, levará algumas gerações.
Dois mil e dezoito traz grandes esperanças na economia: inflação sob controle – perto de 3%; juros caindo – Selic fecha 2017 a 7% ante 14% em 2016; PIB em alta – próximo de 1%; indústria em início de recuperação; comércio dando sinais positivos de retomada de movimento (mesmo que lento e gradual); e a geração de empregos reagindo, que será impulsionada pela reforma trabalhista, que trouxe flexibilização e equilíbrio nas relações. Além disso, há a discussão de reformas essenciais para o desenvolvimento sustentável, como a da previdência e a tributária e, possivelmente, a política, todas tirando da zona de conforto e entrando na onda de mudanças para obter resultados diferentes no longo prazo.
Do ponto de vista político, temos uma grande missão: errar menos em nossas escolhas. Precisamos de um candidato reformista para nos colocar de vez no século XXI, pois, vivemos nele, mas, seguindo regras, processos e atitudes dos séculos passados. Os detentores de investimentos esperam, entre outras atitudes, essa definição para desembarcarem em terras tupiniquins e acelerar o desenvolvimento que tanto almejamos.
Enfim, o ano de 2018 será o momento de exercermos nossa cidadania plena, mudar aquilo que não concordamos, ou até dar o troco naqueles que usurparam nossa confiança, esquecendo dos compromissos assumidos. Será o ano da retomada dos rumos que queremos dar a nossas vidas e das futuras gerações. Depende muito de cada um nós, da nossa efetiva participação, sendo vigilantes, críticos e atuando para que nossos representantes escolhidos se embasem em nossas vozes e não sucumbam ao sistema.